Texto de opinião
A gestão ambiental precisa ir além das maquiagens!
Enquanto discursos vazios persistirem , o ecoturismo sustentável será uma vaga promessa distante. Muitos estados brasileiros são conhecidos pela sua enorme biodiversidade, áreas de proteção natural, paisagens únicas além do seu riquíssimo patrimônio histórico – cultural. Porém, para que esse potencial seja aproveitado de maneira racional, sólida e sustentável; é super importante que a estrutura e o modal logístico dos estados sejam pensados de forma técnica e estratégica.
Os estados e municípios brasileiros que integram circuitos de ecoturismo necessitam de uma infraestrutura bem desenvolvida apoiando os visitantes quanto às comunidades locais.
Devendo incluir:
a- Acessibilidade e transporte sustentável:
Estradas com pavimentação adequada, seja nos perímetros urbanos e rurais, seguras e com opções de transporte público para facilitar as áreas sem comprometer o meio ambiente.
b- Urbanidade ecológica:
Incentivando as práticas ambientais responsáveis ( uso de energia renovável, gestão de resíduos e água), tanto em empreendimentos públicos como privados; a exemplo de centros de visitantes, meios de hospedagem dentre outros.
c- Gestão de resíduos:
Em áreas naturais é super importante a implementação de sistemas eficientes de coleta e descarte de resíduos e efluentes evitando os aspectos negativos.
d- Sinalização ambiental:
Parques naturais estaduais, municipais, estradas, trilhas e reservas devem ter uma sinalização clara e informativa englobando programas para orientar e educar os turistas e a população nativa.
e- Praças e jardins:
Os recursos obtidos de taxas e impostos deveriam estar sendo utilizados para a manutenção de monumentos, praças e jardins, incluindo a limpeza das vias de acesso. Banheiros públicos bem mantidos e com acessibilidade se faz fundamental, como segurança pública, além de internet gratuita e de qualidade.
f- Envolvimento das comunidades locais:
Inclusão das comunidades locais; e que lhes seja permitido e promovido o seu envolvimento em toda a cadeia do ecoturismo.
g- Hospedagens sustentáveis:
Pousadas e hotéis que promovam a educação ambiental e ás práticas de conservação da região.
h- Monitoramento:
Avaliações constante à respeito dos impactos do turismo na região, com base em evidências científicas e em feedbacks dos turistas e comunidades para aprimorar as experiências e práticas do ecoturismo e da conservação.
Igualzinho aqui no Mato Grosso, né?
O êxito do ecoturismo sustentável se apoia em políticas públicas coerentes e bem estruturadas, ou seja necessita de ações de comando , governança e controle! Por isso o estado Mato Grosso está se destacando no ecoturismo, a nível nacional e internacional ( contêm ironia).
Fica a dica aos ilustríssimos políticos mato grossenses e de outros estados também: benefícios tributários para empreendimentos turísticos que adotem práticas de conservação ambiental, podendo ser atingido com investimento transparente e racional dos recursos disponíveis pelos governos ou até mesmo promovidos por taxa de turismo municipais; financiando ações ambientais em especial em áreas protegidas com alto valor ecológico; como Parque Estadual Encontro das Águas, localizado no Porto Jofre – Pantanal de Poconé onde se encontra a maior população de onças-pintadas do mundo!
Porém ao que tudo indica os atuais inquilinos do Palácio Paiaguás, preferem discursos vazios e a construção de elefantes brancos que se derretem com as fortes chuvas ao longo de todo o território do estado!
Autor:
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Técnico em Turismo
Agrônomo
Mestre em Manejo de Vida Selvagem
Empresário do ecoturismo em Mato Grosso