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COP29: Presença massiva de lobistas de combustíveis fósseis levanta preocupações sobre influência nas negociações climáticas

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão, tem sido marcada por uma presença significativa de lobistas da indústria de combustíveis fósseis. Relatório indica que pelo menos 1.773 representantes desse setor participaram das negociações, superando o número de delegados dos dez países mais vulneráveis às mudanças climáticas, que somaram 1.033 participantes.

Essa situação gerou críticas de organizações ambientais, que apontam para a influência desproporcional da indústria de petróleo e gás nas discussões destinadas a combater a crise climática. A aliança Kick Big Polluters Out (KBPO) destacou que a presença desses lobistas “ofusca” a dos países mais afetados pelas mudanças climáticas, dificultando a adoção de medidas mais rigorosas para a redução de emissões.

Além disso, a escolha do Azerbaijão, um país cuja economia é fortemente dependente do petróleo, como anfitrião da COP29, levantou questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse e a capacidade do evento de promover avanços significativos na agenda climática global. Críticos argumentam que a influência da indústria de combustíveis fósseis pode comprometer a integridade das negociações e retardar a transição para fontes de energia mais sustentáveis.

Diante desse cenário, especialistas e ativistas clamam por maior transparência e restrições à participação de lobistas de setores poluentes em conferências climáticas, visando assegurar que as decisões tomadas reflitam os interesses globais de mitigação das mudanças climáticas e não sejam indevidamente influenciadas por atores com interesses econômicos contrários às metas ambientais.

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