A União Europeia (UE) recebeu 513 mil pedidos de proteção internacional até o final de junho deste ano, com um percentual de aprovação inicial de 46%. A população síria foi a que fez mais pedidos de asilo.
De acordo com relatório divulgado hoje pela agência para o asilo da UE, entre janeiro e junho deste ano foram feitas 513 mil solicitações para os países do bloco. Desse total, 46% das pessoas receberam o estatuto de refugiado, por ter sido comprovada a necessidade de proteção.
A Alemanha recebeu 124 mil pedidos de proteção temporária, um quarto do total de pedidos feitos até o final de junho.
A Espanha foi o segundo país que mais pedidos de asilo registrou (88 mil), seguido pela Itália (85 mil). O Chipre, que recebeu 4.900 pedidos de asilo, foi o país com maior índice de pedidos per capita.
Os cidadãos sírios, que querem fugir do regime de Bashar al-Assad e da instabilidade geopolítica no país, exacerbada pelo autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e da Síria, foram os que apresentaram mais pedidos aos países da UE, 71 mil – um aumento de 7% em comparação com o mesmo período de 2023 – e o percentual de reconhecimento do estatuto de refugiado foi de 92%.
O número de cidadãos afegãos a pedir asilo, para escapar do regime talibã, diminuiu 18% e verificaram-se 45 mil pedidos nos primeiros seis meses do ano.
A tendência é de haver aumento no número de pedidos de proteção internacional na segunda metade do ano. A UE espera ultrapassar 1 milhão de pedidos de asilo até o final de dezembro, indica o relatório.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.