O Senado dos Estados Unidos, liderado pelos democratas, aprovou nesta terça-feira (13) um pacote de ajuda de US$ 95,34 bilhões para a Ucrânia, Israel e Taiwan. A tramitação enfrenta um caminho incerto na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos.
Os legisladores aprovaram a medida com 70 votos favoráveis e 29 contrários. O resultado excedeu o total de 60 votos da Casa necessários para a aprovação. O texto foi enviado para a Câmara.
Vinte e dois republicanos se juntaram à maioria dos democratas para apoiar o projeto de lei no Senado.
“Certamente faz anos, talvez décadas, que o Senado não aprova um projeto de lei que tenha um impacto tão grande, não apenas em nossa segurança nacional, não apenas na segurança de nossos aliados, mas na segurança da democracia ocidental”, disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer.
A liderança da Ucrânia considera o financiamento crucial, uma vez que continua a combater os ataques russos e tenta manter sua economia, à medida que a guerra se aproxima de seu terceiro ano.
O presidente dos EUA, Joe Biden, tem pressionado pela aprovação do pacote há meses, mas tem enfrentado a oposição da linha dura republicana, especialmente na Câmara.
A votação no Senado ocorreu antes do amanhecer, depois que oito oponentes republicanos da linha dura da ajuda à Ucrânia realizaram uma maratona de discursos durante a noite que dominou o plenário da Câmara por mais de seis horas.
O pacote também inclui fundos para Israel, ajuda humanitária para os palestinos em Gaza e defesa de Taiwan.
As autoridades ucranianas alertaram sobre a escassez de armas em um momento em que a Rússia está avançando com novos ataques.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, saudou rapidamente a aprovação do projeto de lei.
“A assistência americana aproxima a paz justa na Ucrânia e restaura a estabilidade global, resultando em maior segurança e prosperidade para todos os americanos e para todo o mundo livre”, disse Zelenskiy na plataforma social X.
Ambas as casas do Congresso devem aprovar a legislação antes que Biden possa assiná-la como lei.
Não está claro se o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, levará o projeto de lei à votação, já que o criticou por não ter disposições conservadoras para conter o fluxo recorde de migrantes pela fronteira entre os EUA e o México.
Os republicanos do Senado bloquearam, na semana passada, um projeto de lei que teria associado a ajuda à Ucrânia e a outros aliados com as mudanças mais abrangentes na política de fronteiras em décadas, depois que Donald Trump, o principal candidato à indicação presidencial republicana, criticou veementemente o acordo.
A legislação inclui US$ 61 bilhões para a Ucrânia, US$ 14 bilhões para Israel em sua guerra contra o Hamas e US$ 4,83 bilhões para apoiar parceiros no Indo-Pacífico, incluindo Taiwan, e impedir a agressão da China.
Também forneceria US$ 9,15 bilhões em assistência humanitária aos civis em Gaza e na Cisjordânia, na Ucrânia e em outras zonas de conflito em todo o mundo.
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