A Semana da Agroecologia de Mato Grosso, realizada de 3 a 6 de dezembro de 2024 em Cuiabá, destacou práticas agrícolas sustentáveis e fortaleceu a sociobiodiversidade local. Além disso, o evento reuniu mais de 300 participantes, entre agricultores familiares, indígenas, quilombolas e outros grupos tradicionais, promovendo uma conexão única entre as comunidades participantes.
Organizado pelo Instituto Caracol, com apoio financeiro da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e de uma emenda parlamentar do deputado estadual Lúdio Cabral, o evento contou com uma programação diversificada. A Feira da Reforma Agrária, realizada na Praça Alencastro, foi um dos principais destaques. Nesse espaço, produtores e consumidores interagiram diretamente, fortalecendo a troca de sementes crioulas e promovendo a preservação da biodiversidade regional.
Trabalho coletivo na Semana da Agroecologia de Mato Grosso
A Semana da Agroecologia de Mato Grosso foi fruto de um esforço coletivo que envolveu mais de 30 organizações da sociedade civil. Por outro lado, foi também uma oportunidade para demonstrar o poder do trabalho em rede. Segundo Herman Oliveira, secretário executivo do Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad-MT), a iniciativa simbolizou a capacidade de unir diferentes grupos em torno de objetivos comuns. “Superamos diferenças para criar algo grandioso. O evento mostrou a força da governança coletiva e o impacto que isso pode gerar na sociedade”, afirmou.
Enquanto algumas caravanas viajaram mais de 10 mil quilômetros, outras vieram de regiões próximas, trazendo saberes ancestrais e produtos sustentáveis. Dessa forma, o evento tornou-se um espaço de troca e valorização cultural. Mais de 3 mil pessoas participaram, desfrutando de debates, oficinas e apresentações culturais, além de adquirir alimentos agroecológicos. Essas interações mostraram que práticas agrícolas equilibradas são possíveis e acessíveis.
Impactos positivos
Além de promover práticas agroecológicas, a Semana da Agroecologia de Mato Grosso trouxe visibilidade para comunidades frequentemente marginalizadas. Assim, o evento reforçou o sentimento de pertencimento e valorização entre os participantes. De acordo com Herman Oliveira, “essas iniciativas são essenciais para quem luta diariamente pela existência e resistência em um cenário muitas vezes desfavorável.”
Por fim, a semana também ressaltou a importância de modelos agrícolas que respeitam tanto a natureza quanto as pessoas. Portanto, ela deixou um legado significativo para Mato Grosso, inspirando novas iniciativas que promovam a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico. Com isso, a agroecologia se consolida como uma solução viável e necessária para os desafios enfrentados pelo setor agrícola.
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