A Rússia vai enviar forças navais e aéreas para se juntar a um exercício realizado pela China no Mar do Japão e no Mar de Okhotsk neste mês de setembro, informou a agência de notícias oficial Xinhua nesta segunda-feira (9).
O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou também que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, visitará a Rússia para uma reunião sobre cooperação militar e segurança em São Petersburgo.
Estarão em debate, entre outros assuntos, os exercícios militares conjuntos no Pacífico ocidental, que visam a ampliar a cooperação de Moscou no cenário internacional, associado ao papel de Pequim na segurança na região, afirma o ministério em comunicado.
Wang Yi foi convidado pelo ex-ministro da Defesa russo Sergei Shoigu para a reunião, nos dias 11 ae12 de setembro, de “altos funcionários do Brics – bloco que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul – responsáveis por questões de segurança”.
Os exercícios conjuntos pretendem aprofundar “o nível de coordenação estratégica entre os militares chineses e russos e aumentar a capacidade de resposta conjunta a ameaças que coloquem em causa a segurança”, informou a Xinhua, citada pela Reuters.
Os exercícios “Norte/Interação-2024” serão realizados nos “espaços marítimos e aéreos do Mar do Japão e do Mar de Okhotsk” em setembro próximo, acrescentou o comunicado, que não informou as datas em que os exercícios serão executados.
As marinhas dos dois países também farão uma quinta patrulha marítima conjunta no Oceano Pacífico, enquanto a China participará dos exercícios estratégicos russos Ocean-2024.
Alvo de sanções internacionais sem precedentes, Moscou tem, cada vez mais, procurado Pequim para obter apoio diplomático e econômico, desde que a Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia no início de 2022.
Para acertar as várias áreas de parceria com Pequim, o gabinete do presidente russo, Vladimir Putin, confirmou que espera que o líder chinês Xi Jinping participe de cúpula do Brics em Kazan, no sul da Rússia, no final de outubro.
O bloco vem se expandindo desde a sua fundação em 2009, para incluir outras grandes economias emergentes, como os Emirados Árabes Unidos e o Irã.
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