O presidente equatoriano, Daniel Noboa, confirmou que foram libertados todos os guardas e funcionários administrativos que tinham sido feitos reféns pelos detentos em sete prisões onde ocorreram motins na última semana.
Em mensagem na rede social X, o chefe de Estado cumprimentou as forças de segurança e o Exército por terem conseguido a libertação de centenas de reféns nas prisões de Azuay, Cañar, Cotopaxi, Tungurahua, Loja, El Oro e Esmeraldas.
“Parabéns ao trabalho patriótico, profissional e corajoso das Forças Armadas, da Polícia Nacional e do SNAI [Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade]”, a agência penitenciária do Equador, disse Noboa.
Ele destacou a liderança dos ministros do Interior, Mónica Palencia, e da Defesa, Giancarlo Loffredo, “por conseguirem a libertação do pessoal de segurança e vigilância penitenciária e do pessoal administrativo detido”.
Em comunicado, o SNAI destacou que as ações conjuntas entre militares, polícias e guardas prisionais “foram concluídas de forma bem-sucedida com a libertação” de todos os reféns.
A agência acrescentou que estão sendo feitas avaliações médicas para salvaguardar” a saúde dos reféns. Em alguns casos, como na prisão de Esmeraldas, no noroeste do país, na fronteira com a Colômbia, eles foram resgatados graças à mediação das igrejas Católica e Evangélica.
O SNAI acrescentou que iniciará investigações para apurar as causas e os responsáveis pelos últimos acontecimentos registrados nas prisões.
Também reiterou o compromisso “com a segurança, a reabilitação e o respeito aos direitos humanos no sistema penitenciário” do Equador.
Nesse sábado (13), o SNAI tinha informado que 133 guardas e três funcionários administrativos permaneciam reféns em vários estabelecimentos prisionais.
Horas antes, as Forças Armadas do Equador disseram que recuperaram o controle de pelo menos duas das seis prisões onde houve rebeliões.
Os motins ocorreram na terça-feira passada (9), em dia de terror e caos no país, atribuído a grupos do crime organizado, que incluiu bombardeios, raptos e assassinato de policiais, além de ataque armado a uma estação de televisão.
A onda de violência ocorreu no momento em que Daniel Noboa se preparava para pôr em prática um plano destinado a recuperar o controle das prisões, dominadas por grupos criminosos.
O Equador enfrenta onda de violência depois de se ter tornado o principal ponto de exportação da cocaína produzida nos vizinhos Peru e Colômbia.
O governo declarou na terça-feira situação de “conflito armado interno” e classificou as quadrilhas de crime organizado como grupos terroristas e alvos militares.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.