Em uma iniciativa que alia preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico, a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram, em 13 de novembro de 2024, um acordo para o programa “Restaura Amazônia”. Com investimento de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, sendo R$ 50 milhões provenientes do Fundo Amazônia, o projeto visa restaurar aproximadamente 15 mil hectares de vegetação nativa na Amazônia Legal, abrangendo estados como Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão.
O programa busca transformar o chamado “Arco do Desmatamento” em um “Arco da Restauração”, promovendo a conservação da biodiversidade, a disponibilidade de recursos hídricos e a redução da erosão. Além disso, pretende melhorar o microclima e remover dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a iniciativa utiliza soluções baseadas na natureza, visando não apenas a conservação ambiental, mas também transformações sociais positivas nas comunidades envolvidas.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou que a restauração florestal é uma das formas mais eficientes e econômicas de promover a captura de carbono em larga escala. Ele ressaltou que o programa estruturará a cadeia de restauração, gerando renda e emprego nos territórios abrangidos. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima também participará da iniciativa, contribuindo para a contenção do desmatamento e a conservação da biodiversidade em terras indígenas, territórios de povos e comunidades tradicionais, unidades de conservação e áreas públicas não destinadas.
O “Restaura Amazônia” alinha-se ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), fortalecendo a cadeia produtiva da recuperação, atraindo investimentos e consolidando um sistema de monitoramento eficaz. Espera-se que o primeiro edital do programa seja publicado ainda este ano, marcando o início de uma série de ações que visam não apenas a recuperação ambiental, mas também o desenvolvimento sustentável das comunidades locais.