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Mutirão oferece 1,7 mil vagas de estágio para LGBTQIA+ no Rio

Mutirão oferece 1,7 mil vagas de estágio para LGBTQIA+ no Rio

Um mutirão vai oferecer nesta terça-feira (12) 1,7 mil vagas de estágio para universitários LGBTQIA+ na Estação Carioca/Centro do MetrôRio. A ação é uma parceria entre a concessionária e o Centro de Integração Empresa–Escola do Rio Janeiro (CIEE Rio) e vai receber inscrições entre 7h e 18h.

Poderão se candidatar universitários de qualquer área, a partir do segundo período da faculdade. Os profissionais do CIEE receberão os interessados no mezanino próximo ao Acesso B (Avenida Chile) da estação.

Os inscritos no processo seletivo serão avaliados nos quesitos capacidade técnica, analítica e habilidades comportamentais. A ação faz parte do programa O CIEE em Movimento, que tem outras ações inclusivas previstas até o fim do ano em parceria com o MetrôRio.

O CEO do CIEE Rio, Luiz Gustavo Coppola, destaca que a população LGBTQIA+ ainda enfrenta muita discriminação no mercado de trabalho, e a iniciativa busca dar visibilidade a talentos que são excluídos durante os processos seletivos.

Preconceito frequente

Uma pesquisa realizada pela rede social LinkedIn no ano passado mostrou que 40% das pessoas da comunidade que foram entrevistadas já haviam sido discriminadas no ambiente de trabalho. Entre os heterossexuais ouvidos pela pesquisa, metade disse já ter presenciado situações de discriminação contra LGBTQIA+.

A população LGBTQIA+ inclui pessoas de orientações sexuais e identidades de gênero diferentes da normatividade heterossexual e cisgênero. Fazem parte da sigla lésbicias, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexuais e assexuais.

Ainda não há uma contagem populacional no país de quantas pessoas fazem parte do grupo, que foi novamente excluído do Censo 2022. A última Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2019, indicou que há ao menos 2,9 milhões de brasileiros que se identificam com sexualidades diferentes da heterossexualidade.

O instituto considerou na época que o número podia estar subestimado e esclareceu que a pesquisa não incluiu perguntas sobre identidade de gênero, o que também poderia permitir a contagem de transexuais.

Edição: Juliana Andrade

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