O mês passado foi o agosto mais quente já registrado em todo o mundo, o terceiro mês consecutivo a estabelecer recorde de temperatura, após os meses de junho e julho terem os mais quentes de todos os tempos, informou o painel de mudanças climáticas Copernicus, da União Europeia, nesta quarta-feira (6).
Estima-se que agosto tenha sido cerca de 1,5 grau Celsius (°C) mais quente do que a média pré-industrial do período de 1850 a 1900. Prosseguir com os esforços para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C é uma promessa central do acordo internacional de Paris sobre mudanças climáticas adotado por 196 países em 2015.
Julho de 2023 continua sendo o mês mais quente já registrado, enquanto o recorde de agosto torna o verão do hemisfério norte o mais quente, desde o início dos registros em 1940.
“A temperatura global segue batendo recordes em 2023”, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus.
“A evidência científica é desanimadora: continuaremos a ver mais recordes climáticos e eventos climáticos extremos mais intensos e frequentes que afetam a sociedade e os ecossistemas, até que paremos de emitir gases de efeito estufa”, afirmou Burgess.
Na Europa, agosto foi mais úmido do que o normal no mês passado em grande parte da Europa Central e da Escandinávia, provocando inundações, enquanto França, Grécia, Itália e Portugal sofreram secas que provocaram incêndios florestais.
Temperaturas bem acima da média também ocorreram na Austrália, em vários países da América do Sul e em grande parte da Antártida em agosto, informou o instituto.
Enquanto isso, o oceano global registrou a temperatura de superfície diária mais quente já registrada e teve seu mês mais quente em geral.
Faltando quatro meses para o fim de 2023, este ano é até agora o segundo mais quente já registrado, ficando apenas um pouco atrás de 2016.
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