A Coordenadoria da Diversidade Sexual (CDS) e a Casa Civil, órgãos da prefeitura carioca, promovem neste fim de semana, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a primeira edição do Mercado Mundo LGBTQIA+. O evento é gratuito e funcionará neste sábado (24) e no domingo (25), das 10h às 17h, no Boulevard Olímpico.
Serão 21 barracas com expositores que representam cada letra da sigla sobre orientações sexuais e identidades de gênero. Segundo o coordenador de Diversidade Sexual, Carlos Tufvesson, o objetivo é apresentar aos turistas e à população da cidade o empreendedorismo praticado pela população LGBTQIA+.
Tufvesson disse à Agência Brasil que o mercado, localizado na Praça Mauá, busca formar clientela para esses pequenos empreendedores, que, provavelmente, não conseguiram emprego no mercado formal de trabalho. “Aí, abriram as suas empresas. Tiveram uma entrada pelo empreendedorismo. Mas outras, não. Outras caem na prostituição, forçadas, para poder pagar suas contas. Isso é inadmissível em um país como o nosso”, afirmou.
O público vai encontrar desde acessórios a peças de decoração, passando por roupas infantis e de adultos, peças de brechó e em silk, bijuterias, velas aromáticas, moda da raça preta, artesanato, livros e comidas. De acordo com a Coordenadoria da Diversidade Sexual, será possível até comprar um passeio turístico.
A expectativa dos expositores é grande, uma vez que o Mercado Mundo LGBTQIA+ promove sua primeira edição em junho, quando se celebra o Mês do Orgulho LGBTQIA+. DJs fazem a trilha musical do passeio.
A coordenadoria explica que o investimento no empreendedorismo é um dos focos principais na política de empregabilidade. Em janeiro deste ano, em função do Dia da Visibilidade Trans (29), foi realizado o 1º Mercado Mundo Trans. Para Carlos Tufvesson, o resultado positivo da estreia serviu de incentivo para que essa edição do mercado fosse mais abrangente.
Tufvesson disse esperar que o Mercado Mundo LGBTQIA+ possa entrar no calendário periódico da cidade, sem que seja necessário coincidir exclusivamente com datas-chave para essa população. Se dependesser dele, uma edição seria realizada a cada dois meses. “Dar espaço a essas microempresas é contribuir com seu crescimento e aumentar as possibilidades de emprego”, afirmou.
Edição: Nádia Franco