Um dia antes da abertura dos Jogos Mundiais Universitários de Verão, a delegação brasileira participou nesta quinta-feira (27) de outra cerimônia, a do hasteamento da bandeira nacional. O evento, realizado em um auditório dentro da Vila dos Atletas, oficializou a presença do Brasil. O fato de ter sido em um local fechado até ajudou, já que choveu bastante em Chengdu durante todo o dia. A abertura da competição será às 9h (horário de Brasília) e, a partir das 10h já tem estreia da seleção feminina de basquete contra a Romênia. Os Jogos Mundiais Universitários reunirão 10 mil atletas de 150 países em 18 modalidades.
The #countdown to the opening ceremony of #Chengdu2021 #FISUGames finally comes to 1 day!! Our journey towards splendid sport events kicks off today, please sit back and cheer with us!🎉🎉#1daytogo #ChengduFISUGames pic.twitter.com/31qQUFTEso
— Chengdu 2021 FISU World University Games (@Chengdu2021) July 27, 2023
Além do Brasil, Finlândia, Macau e Uruguai também participaram da cerimônia. O chefe da delegação brasileiira, Alessandro Battiste, foi o responsável por representar o pais no palco. Mas ele não estava sozinho. No fim, os atletas e membros da delegação foram convidados para tirar fotos. A delegação brasileira está em Chengdu com 150 atletas em 11 das 18 modalidades do evento: saltos ornamentais, badminton, tênis de mesa, taekwondo, kung fu (a arte marcial é denominada de wushu na China), basquete, natação, atletismo, judô, tênis e voleibol.
Quem também esteve presente foi o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral. E ele conversou sobre as expectativas do Brasil nesta edição após os Jogos Mundiais Universitários terem sido adiados duas vezes.
“Todos nós estávamos bastante ansiosos. Esse ciclo de quatro anos é muito muim para o esporte universitário porque algumas gerações acabam perdendo a oportunidade de ter essa experiência, mas felizmente estamos aqui, com uma grande delegação. Nossa meta é ficar entre os 20, pode não parecer uma meta tão importante, mas para quem conhece do esporte, é uma meta ambiciosa porque aqui estão, de fato, os melhores atletas do mundo. Quando você vir os pódios individuais aqui, serão os pódios de Paris ou foram os pódios de Tóquio”.
Luciano Cabral reconheceu que o esporte universitário ainda não recebe reconhecimento necessário, mas vê um caminho sendo traçado para o futuro.
“Infelizmente o Brasil ainda não conhece o esporte universitário. Ele tem o seu valor reconhecido na Europa, na Ásia. A missão da CBDU é reconhecer e valorizar o esporte dentro do ambiente educacional, de usar o esporte como plataforma para a transição de carreira dos atletas de alto rendimento. É um programa de desenvolvimento social. O Diogo Silva, por exemplo, é fruto disso. Ele esteve conosco em 2005, e foi campeão em 2009, e agora é assessor especial do Ministério dEsporte, ou seja, é uma pessoa que pode prover esse sistema não apenas com recurso mas também com politicas que possam incrementar. É um projeto de longo prazo para no futuro estes jovens também apoiem o esporte universitário. Se o Brasil conseguir isso, a médio e longo prazo será, de fato, uma potência do esporte mundial”, finalizou.
* Maurício Costa viajou como integrante da delegação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A entidade convidou a EBC para participar da cobertura durante os 17 dias de competição em Chengdu.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues