A pequena ilha de Lampedusa, na Itália, está sendo sobrecarregada pelo número de imigrantes que chega à costa, disse o prefeito nesta quinta-feira (14), depois que milhares de pessoas desembarcaram procedentes do Norte da África em barcos frágeis nos últimos dois dias.
Lampedusa fica no Mediterrâneo, entre a Tunísia, Malta e a maior ilha italiana, a Sicília, e é o primeiro porto de escala para muitos imigrantes que buscam chegar à Europa.
“Nas últimas 48 horas, cerca de 7 mil pessoas chegaram a Lampedusa, que sempre as recebeu de braços abertos”, disse o prefeito Filippo Mannino à rádio italiana RTL 102.5.
“No entanto, agora chegamos a um ponto sem retorno e a ilha está em crise”, afirmou.
“A Europa e o Estado italiano devem intervir imediatamente com uma operação de apoio rápido e uma transferência rápida de pessoas.”
A ilha normalmente tem população de pouco mais de 6 mil habitantes.
As chegadas são um problema para o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, que assumiu o poder em outubro do ano passado com a promessa de reprimir a imigração.
Meloni diss, em conferência em Budapeste, que alguma imigração legal pode beneficiar a Europa economicamente, mas não pode ser uma solução para a crise demográfica do continente.
Em Bruxelas, a Comissão Europeia disse que estava em contato com o governo italiano para discutir a possibilidade de oferecer mais ajuda a Lampedusa.
“Estamos prontos para apoiar a Itália e é isso que estamos fazendo”, afirmou um porta-voz da comissão.
Desde o início do ano, quase 124 mil imigrantes marítimos desembarcaram na costa italiana, quase o dobro do número registrado no mesmo período de 2022.
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