O grupo islâmico Hamas propôs um acordo de trégua em três fases, que incluiria a libertação dos reféns raptados em 7 de outubro e a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza, informou nesta quarta-feira (7) a imprensa internacional.
De acordo com a agência de notícias EFE, as três fases teriam duração de 45 dias cada.
Na primeira, os reféns “mulheres e crianças [menores de 19 anos, não militares], idosos e doentes, seriam libertados em troca de um número específico de prisioneiros palestinos”, segundo o plano do Hamas, entregue na noite dessa terça-feira (6) aos mediadores do Catar e do Egito e divulgado na madrugada na rede social Telegram.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que recebeu a contraproposta do Hamas ao seu plano de trégua transmitido pelo Catar, principal mediador do conflito, e está avaliando. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a contraproposta do grupo palestino é “um pouco exagerada”, sem dar detalhes do seu conteúdo.
Na primeira fase das três propostas, o Hamas também exigiu a retirada das forças aéreas israelenses das zonas povoadas da Faixa de Gaza, a entrada de mais ajuda humanitária e o início da reconstrução de hospitais e casas, juntamente com a criação de acampamentos temporários.
Segundo o texto, seriam estabelecidas “conversações indiretas” com Israel para acabar com a guerra e “regressar à paz completa”, uma exigência que até agora Israel sempre negou.
Na segunda fase, todos os homens raptados seriam libertados em troca de um número ainda a ser determinado de prisioneiros palestinos e haveria a retirada completa do Exército israelense do enclave.
Na terceira fase, os corpos dos reféns mortos, pelo menos 27, e de outros prisioneiros seriam trocados entre as partes.
Na noite dessa terça-feira, os islamitas do Hamas anunciaram que tinham respondido à proposta “com espírito positivo”, mas os detalhes dos pontos em negociação não tinham sido ainda revelados.
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