A Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu à Guatemala que forneça mais proteção ao presidente eleito Bernardo Arévalo e à vice-presidente eleita Karin Herrera, citando riscos “sérios e urgentes” para o bem-estar de ambos.
Em um comunicado, a comissão disse que as ameaças incluem dois complôs contra a vida dos políticos. Em resposta, o governo disse que já reforçou a segurança e apelou à CIDH para ser “prudente”.
O candidato anticorrupção Arévalo venceu o segundo turno presidencial da Guatemala no domingo (20) de forma esmagadora, após uma tentativa de desqualificar seu partido e marginalizar sua candidatura.
Antes do segundo turno, Arévalo disse que esperava tentativas de impedi-lo de assumir o cargo caso vencesse.
A CIDH, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, disse que solicitou formalmente ao governo da Guatemala que tomasse medidas cautelares para proteger as vidas de Arévalo e Herrera.
A comissão citou dois planos contra as vidas de Arévalo e Herrera, incluindo um que foi alertado por promotores guatemaltecos, sem dar mais detalhes.
A CIDH, observando que as autoridades guatemaltecas disseram que Arévalo e Herrera têm um “amplo esquema de proteção” que o Estado reforçou, pediu ao governo que informasse sobre as ações tomadas para investigar as ameaças.
O governo, em comunicado, afirmou ter fornecido “todas as medidas de proteção necessárias”.
Reportagem adicional de Carolina Pulice
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