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Fumaça de queimadas eleva riscos de demência, diz estudo

A fumaça de queimadas, amplamente reconhecida por agravar problemas respiratórios e cardiovasculares, agora é associada a um risco elevado de demência. Um estudo publicado na JAMA Neurology revelou que a exposição prolongada às partículas finas (PM2,5) geradas por queimadas aumenta significativamente a probabilidade de diagnóstico da doença.

Queimadas e Saúde Mental: Uma Conexão Preocupante

A fumaça de queimadas, reconhecida por agravar problemas respiratórios e cardiovasculares, agora também é associada a um risco elevado de demência. Estudos revelam que partículas finas (PM2,5) provenientes de queimadas têm características mais tóxicas do que as de fontes industriais. O aumento no risco de demência, estimado em 18% para cada micrograma adicional dessas partículas, destaca os perigos para a saúde pública. Segundo o estudo, o aumento da área queimada intensifica a emissão de partículas poluentes.

O Papel das Partículas PM2,5 no Corpo Humano

As partículas liberadas pelas queimadas não apenas impactam a saúde respiratória, mas também possuem uma toxicidade exacerbada devido à sua composição química. Além disso, as queimadas sazonais expõem comunidades a picos extremos de poluição em curtos períodos. Esse padrão, associado a mudanças climáticas e ao aumento da aridez dos combustíveis, intensifica os efeitos adversos à saúde. Ademais, a dispersão de fumaça por grandes distâncias afeta regiões além dos locais de origem, ampliando o impacto ambiental e social.

Mudanças Climáticas e Disparidades Sociais

O estudo também enfatiza que as mudanças climáticas são responsáveis pelo aumento das áreas queimadas. Comunidades de baixa renda são desproporcionalmente afetadas, já que frequentemente vivem em habitações com baixa proteção contra partículas finas. Além disso, o aumento da vulnerabilidade dessas populações reflete barreiras estruturais, como acesso limitado a serviços de saúde e sistemas de filtragem de ar.

Soluções para Um Futuro Mais Saudável

A pesquisa sugere que intervenções, como queimadas controladas, podem reduzir significativamente a emissão de partículas nocivas. No entanto, o investimento em estratégias preventivas, como a melhoria da infraestrutura habitacional e a regulamentação mais rígida de poluentes, é essencial. Ademais, a transição para políticas públicas que combatam a origem das mudanças climáticas pode reduzir os impactos das queimadas na saúde pública e no meio ambiente.

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