Os agricultores franceses continuam nesta quarta-feira (31), pelo terceiro dia consecutivo, com o bloqueio de autoestradas em todo o país. Há mais de 100 pontos bloqueados e cerca de 10 mil manifestantes nas estradas francesas, de acordo com o ministro do Interior, Gérald Darmanin. Eles exigem mais apoio do governo, melhores preços para os seus produtos e menos restrições à atividade agrícola.
O país registra mais um dia de protestos, depois do discurso pouco convincente do primeiro-ministro Gabriel Attal, nessa terça-feira, que pela terceira vez não conseguiu acalmar a revolta dos agricultores. Apesar das tentativas do governo francês, os agricultores aproximam-se hoje de Paris e do mercado de Rungis, nos arredores da capital. Atualmente oito autoestradas continuam bloqueadas na região.
Segundo o canal francês BFMTV, pelo menos 15 pessoas foram detidas por “obstrução ao trânsito” perto do mercado de Rungis.
Em entrevista nesta manhã ao canal France 2, o ministro do Interior afirmou que “os agricultores não são delinquentes e, por isso, não é o caso de evacuá-los”,. Ele lembrou as “linhas vermelhas” estabelecidas, que são “não entrar em Paris, (no mercado de) Rungis ou nos aeroportos da capital”
Para tentar acalmar a agitação do setor agrícola, o ministro da Agricultura, Marc Fesneau, desloca-se hoje à tarde a Bruxelas “para uma série de conversações destinadas a acelerar o tratamento das urgências europeias”, informou seu gabinete.
Também o presidente Emmanuel Macron, deverá discutir amanhã, no Conselho Europeu em Bruxelas, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, as reivindicações dos agricultores franceses.
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