A França abriu investigação para apurar as causas da morte de um jovem de 17 anos, pela polícia, ao fugir de fiscalização de trânsito e receber ordem para parar o carro que dirigia sem carteira de habilitação. O policial que fez os disparos é alvo de inquérito.
O caso está provocando revolta popular, com confrontos com a polícia e carros incendiados.
O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou injustificáveis as cenas de violência contra as instituições da República, referindo-se aos distúrbios da última noite provocados pela morte do adolescente.
Ao falar antes da reunião do grupo interministerial de crise, ele desejou que as próximas horas fossem de “meditação e respeito”.
O ministro do Interior também condenou os acontecimentos da última noite. Câmaras municipais, escolas e delegacias de polícia foram incendiadas ou atacadas, escreveu Gérald Darmanin, nas redes sociais. Para ele, a violência contra “símbolos da República” é intolerável.
“Vergonha para aqueles que não apelaram à calma”, declarou o ministro, acrescentando que 150 pessoas foram detidas durante a noite.
Os distúrbios multiplicaram-se no país desde a morte do jovem, na terça-feira (27), em Nanterre, a cerca de 15 quilômetros de Paris.
Os distúrbios espalharam-se em vários pontos da capital, mas também em outras grandes cidades como Lyon (sudeste) e Toulouse (sudoeste).