Um relatório do alto comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos, traz informações sobre o massacre de pessoas da etnia Masalit, no Sudão, pelas Forças de Apoio Rápido e suas milícias.
O secretário-geral das Nações Unidas já tinha manifestado preocupação com a dimensão étnica da violência na região sudanesa de Darfur Ocidental.
A agência Reuters entrevistou mais de 100 pessoas em Darfur e obteve alguns relatos impressionantes.
Quase 5 milhões de pessoas tiveram que fugir de suas casas por causa do conflito entre facções militares rivais no Sudão. O alerta é da Organização Internacional para Migrações (OIM).
Os principais destinos de refúgio são os países vizinhos como Egito, Líbia, Chade, República Centro-Africana, Sudão do Sul e Etiópia.
Relatos de saques, ataques a instituições públicas e ocupação de residências particulares continuam na capital Cartum, enquanto os confrontos persistem em quatro dos cinco estados de Darfur.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou casos de doenças infecciosas entre populações deslocadas que buscaram abrigo em locais de difícil acesso, onde os serviços de saúde são limitados.
A agência da ONU também informou que mais de 50 unidades de saúde foram atacadas no Sudão.
Embora a OMS esteja apoiando os serviços de saúde tanto no Sudão quanto nos países vizinhos, a organização alertou que a crise de saúde afetou toda a região.
Os médicos sudaneses alertaram que os casos de cólera e dengue estão se espalhando devido à chegada das chuvas sazonais e ao impacto de quase seis meses de guerra em um sistema de saúde que já estava em dificuldade antes do início dos combates.
As autoridades de saúde confirmaram casos de cólera pela primeira vez desde que a guerra começou em meados de abril, afirmando que o primeiro caso foi detectado no estado de Al-Qadarif no final de agosto.
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