Um júri considerou nesta sexta-feira Robert Bowers culpado de dezenas de crimes de ódio federais pelo assassinato de 11 fiéis na sinagoga Árvore da Vida de Pittsburgh em 2018, o ataque antissemita mais mortal da história dos Estados Unidos.
Bowers, de 50 anos, agora enfrenta a fase de sentença de seu julgamento no Tribunal Distrital em Pittsburgh, na qual os 12 jurados devem avaliar se ele merece a sentença de morte.
Os promotores federais acusaram Bowers de 63 crimes, incluindo 11 acusações de obstrução do livre exercício de crenças religiosas resultando em morte. O júri o considerou culpado de todas as acusações, confirmou um porta-voz da Procuradoria dos EUA em Pittsburgh.
Durante seu julgamento, que começou em 30 de maio, os jurados ouviram depoimentos de alguns dos sobreviventes do ataque e evidências do antissemitismo de Bowers, incluindo várias publicações atacando judeus feitos em um site de extrema-direita nos meses que antecederam o ataque.
Na fase de sentença, os promotores tentarão mostrar que fatores agravantes estavam envolvidos, argumentando que Bowers planejou cuidadosamente o ataque e que ele tinha como alvo vítimas vulneráveis. A maioria das vítimas era de idosos.
Os advogados de defesa de Bowers argumentaram que uma sentença de morte violaria a Constituição, alegando que ele sofre de uma doença mental grave, incluindo esquizofrenia.
Todos os 12 jurados devem votar para condenar Bowers à morte. Caso contrário, ele enfrentará prisão perpétua.
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