O segundo dia de conflito no Médio Oriente teve troca de tiros entre Hezbollah e Israel. Estima-se que mais de 600 pessoas tenham morrido desde que o Hamas lançou um ataque contra território israelense, nesse sábado (7).
O grupo libanês Hezbollah disparou neste domingo dezenas de foguetes contra três posições israelenses numa área disputada ao longo da fronteira do país com os Montes Golã, ocupados por Israel na Síria.
O Hezbollah declarou, em comunicado, que o ataque, com “um grande número de foguetes e obuses”, foi “em solidariedade à resistência palestiniana”. O Hezbollah, uma organização política e paramilitar apoiada pelo Irã, mantém relações estreitas com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
As forças israelenses responderam com ataques de artilharia no sul do Líbano e um ataque de drones a um posto do Hezbollah perto da fronteira, segundo informações dos militares israelenses.
O número de mortos no conflito já passa de 600. De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, 313 habitantes de Gaza morreram na ofensiva, incluindo 20 crianças, enquanto 1.990 palestinos ficaram feridos.
Do lado israelense, foram confirmadas cerca de 300 pessoas mortas e 1.864 feridas, das quais 19 estão em estado crítico, 326 em estado grave e as restantes em estado moderado ou leve, informou o Ministério da Saúde do país.
O Exército de Israel revelou que, entre as vítimas mortais, estavam pelo menos 26 soldados, revelando as respectivas identidades e salientando que este número deve aumentar ao longo do dia, à medida que as famílias dos militares forem notificadas.
Controle do território
Depois do ataque surpresa do Hamas na manhã de sábado (7), a troca de tiros continuou neste domingo, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelenses.
As tropas israelenses dizem ter recuperado o controle de 29 regiões no interior do país que foram tomadas no sábado pelo Hamas. Israel aponta ainda que resgatou pessoas mantidas como reféns pelo Hamas nas zonas libertadas, embora não tenha fornecido números. Cinquenta pessoas – soldados, mas também civis – continuam sequestradas pelo grupo dentro de Gaza.
As autoridades israelenses declararam estado de emergência em todo o país, além de demarcarem uma zona militar fechada à volta da Faixa de Gaza, enquanto planejam retirar todos os residentes da área.