A polícia do estado norte-americano do Maine seguiu a busca pelo suspeito de ser o atirador em massa de Lewiston, Robert R. Card, até as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (27), à medida que o reservista do Exército dos EUA escapa de uma caçada após os massacres em um bar e um boliche que mataram 18 pessoas e feriram outras 13.
Enquanto as autoridades pediam que as pessoas ficassem em casa por segurança, parte da busca foi transmitida ao vivo pela televisão na noite de quinta-feira (26), quando as autoridades executaram vários mandados de busca na cidade vizinha de Bowdoin, onde Card morava.
As forças policiais cercaram a casa rural por mais de duas horas, com um agente do FBI dando ordens por meio de um megafone para que “saísse com as mãos para cima”, mas aparentemente não havia ninguém lá dentro.
A polícia não sabia se Card estava dentro da casa quando a operação começou e as mensagens amplificadas eram “anúncios padrão de mandados de busca”, disse um porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Maine, acrescentando que as autoridades estavam “fazendo a devida diligência” para encontrar pistas.
A cidade de Lewiston, um antigo centro têxtil com 38 mil habitantes, e as comunidades vizinhas foram praticamente paralisadas na quinta-feira para permitir que centenas de policiais realizassem buscas.
A cidade às margens do rio Androscoggin ficou em silêncio, quase sem carros nas ruas, com poucas pessoas do lado de fora e muitas empresas do centro fechadas. Agentes de segurança armados com rifles e coletes à prova de balas vigiavam o hospital para onde muitas das vítimas do tiroteio foram levadas.
Card, de 40 anos, é sargento em uma base da Reserva do Exército dos EUA nas proximidades e, segundo as autoridades policiais, foi temporariamente internado em um centro de saúde mental durante o verão.
O derramamento de sangue abalou as cidades de todo o condado de Androscoggin, que estavam sob ordens de abrigo no local, ao se juntarem à crescente lista de comunidades dos EUA que sofreram massacre com armas de fogo.
O número de ataque a tiros nos EUA em que quatro ou mais pessoas são alvejadas chegou a 679 em 2023, acima dos 647 em 2022, de acordo com dados do Gun Violence Archive.
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