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Ataque em Munique pode ter motivação terrorista, diz ministro

Ataque em Munique pode ter motivação terrorista, diz ministro

O homem morto nesta quinta-feira (5) pela polícia alemã perto do Consulado-Geral de Israel em Munique queria provavelmente realizar um ataque contra a instalação diplomática, disse o ministro do Interior da região da Baviera.

“É provável que se trate de um ataque contra a instituição israelense”, afirmou Joachim Herrmann em entrevista. O homem foi baleado pela polícia após ter disparado vários tiros na zona de Karolinenplatz, perto do centro de Munique. O suspeito acabou por morrer no local.

A polícia alemã esclareceu que o homem morto era um austríaco de 18 anos e que continua a investigar as suas motivações.

O tiroteio ocorreu na manhã de hoje, nas proximidades de um museu sobre o nazismo [chamado de Centro de Documentação do Nacional-Socialismo de Munique – Centro de Aprendizagem e Memória da História do Nacional-Socialismo], que se situa perto do consulado israelense. 

A polícia disse que não há provas sobre mais suspeitos ligados ao incidente.

O governador da Baviera, Markus Söder, declarou que “pode haver uma conexão” com o consulado israelense, que “deve ser esclarecida”.

Em entrevista em Berlim, a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, considerou o tiroteio “um incidente grave”, mas afirmou que não iria fazer especulações sobre o caso.

Ela reiterou que a proteção das instalações judaicas e israelenses tem a mais alta prioridade.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, condenou o ataque contra agentes de segurança, quando se assinalam 52 anos do assassinato de 11 atletas israelenses por terroristas palestinos durante os Jogos Olímpicos de Munique de 1972.

O edifício do consulado israelense foi fechado hoje em memória do massacre, ocorrido em 5 de setembro de 1972, quando membros do grupo Setembro Negro – ligado à Organização de Libertação da Palestina – mataram dois integrantes da delegação israelense na aldeia olímpica e fizeram nove  reféns, exigindo a libertação de 234 prisioneiros palestinos.

Numa operação frustrada de resgate  morreram os nove reféns, um agente da polícia alemã e cinco dos sequestradores.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

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